Nossa História

RESTAURANTE

Senta que lá vem história

Toda tradição começa com uma boa história. Senta que lá vem a nossa! 

Ela começa com os imigrantes italianos Carmelo Ciccarino e sua esposa Anella, vindos da Itália após a Segunda Guerra Mundial. 

Com sete anos de trabalho duro no Brasil, juntaram suas economias e compraram um pequeno salão, em 1954, no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, transformando-o em um barzinho que servia salgados, cachorro quente e café aos empregados da fábrica vizinha.

Bar e residência ocupavam o mesmo imóvel, que era pequeno para o casal e suas filhas. Seu Carmelo e dona Anella, então, investiram na ampliação do negócio, compraram o terreno ao lado e construíram outro prédio, erguendo mais dois andares acima do barzinho, cada um com um apartamento.

Segundo dona Anella, o barzinho oferecia seus comes e bebes de uma maneira informal, aos amigos, sem imaginar que dali viraria um restaurante. Mas virou.

Uma ideia inovadora

Em pouco tempo, o barzinho cresceu, transformando-se em uma lanchonete, cujo cardápio incluía, além de pratos rápidos, pizza aos pedaços, uma ideia da dona Anella, inovadora na época que, depois, passou a ser comum em bares e padarias da cidade. Graças a dona Anella, os paulistanos, que praticamente só comiam pizza em casa, no jantar com a família, passaram a frequentar a lanchonete por seu diferencial.

A ideia inovadora também atraiu jovens ao local, o que acrescentou mais opções ao cardápio, como sanduíches variados, mas sem esquecer o já consagrado almoço aos operários da fábrica vizinha.

Pronto, era o que faltava para o sucesso e para o passo seguinte: transformar a lanchonete em pizzaria. Depois de 30 anos servindo almoço, o novo estabelecimento agora abria apenas à noite, para servir suas famosas pizzas, o que desagradou algumas pessoas, como conta dona Anella: “Assim, que paramos de abrir de dia, os amigos que vinham almoçar aqui ficaram bravos e reclamavam ‘a gente vai almoçar onde?’. Insistiram tanto que acabamos criando um cardápio para almoços, com carnes, feijoada e massas. Aí virou restaurante dia e noite”.

Cozinhar, um ato de amor

O restaurante, que leva o sobrenome da família, passou a servir, então, pratos variados, pizzas, opções veganas, sobremesas e drinks. Suas delícias não poderiam ficar restritas ao serviço local e logo criaram um delivery próprio, que tem marca registrada no cuidado e delicadeza da montagem dos pedidos, garantindo que a refeição chegue impecável à casa dos clientes. 

Já são 70 anos de história, recheada de aromas, sabores, carinho, amor e paixão servidos em generosas porções. Como diz vovó Ndzima, no livro “O fio das missangas”, de Mia Couto: “Cozinhar não é serviço, meu neto, cozinhar é um modo de amar os outros”.